ESCALETA: JANTAR O QUÊ
EPISÓDIO 05
BOEUF BOURGUINON DE COPA LOMBO SUÍNO COM PIRÃO DE LEITE
-APRESENTAÇÃO DO PRATO (Jantar o quê?):
Larissa cumprimenta os espectadores. Depois, como se respondesse a pergunta, “jantar o quê?” ou “o que vou fazer para o jantar?” Larissa fala apresenta o prato que vai cozinhar no episódio: boeuf bourguinon de copa lombo suíno com pirão de leite.
Fala o que mais gosta no sabor desse prato, sobre como os diferentes ingredientes se equilibram, qual sabor é mais marcante, “explica” porque ela resolveu fazer aquela receita naquele dia. O objetivo dessa fala é sempre gerar uma expectativa no espectador para a receita que vai ser preparada no programa.
–Texto Larissa:
Eu sou a favor dos clássicos. Amo estrogonofe, picadinho, bacalhau às natas, pudim de leite, galinhada… Todas receitas tradicionais que, se estão por aí há séculos, é porque funcionam e agradam. Nesta linha tem uma em particular que me encanta por demais, principalmente em dias frios como os que estão fazendo essa semana em São Paulo, o boeuf bourguignon.
O prato de origem francesa eternizado por Julia Child e “hypado” por Julie Powell tem um poder quase curativo numa noite fria e chuvosa. No melhor estilo abraço por dentro é quente, substancioso e o melhor, é preparado com ingredientes simples que se não temos em casa, encontraremos no mercado da esquina.
E é nisso é que mora sua grande beleza. Por mais que tentem enrolar a língua para “gourmetizá-lo” o bife de Borgonha não passa de uma carne de panela caseira aconchegante. Com vocês, a minha versão.
-APRESENTA OS INGREDIENTES:
-Larissa fala dos ingredientes que vão ser utilizados na receita. Caso seja viável e a direção faça esta opção narrativa, planos detalhes e letreiros acompanham cada ingrediente.
Boeuf Bourguinon que não é da Borgonha
Ingredientes (para 4 pessoas)
-1 kg de carne para cozido (copa lombo suíno)
-2 cenouras
-2 cebolas grandes
-3 dentes de alho
-½ litro de caldo escuro de carne
-150 g de bacon em cubos
-1 garrafa de de vinho branco seco que você beberia
-1 bouquet garni (tradicionalmente leva tomilho, louro, salsinha e alecrim)
-6 mini cebolas
-200 g de cogumelos de paris frescos (1 xícara)
-1 colher de sopa bem cheia de manteiga
-Sal e pimenta a gosto
-PREPARAÇÃO DO PRATO
Larissa realiza as diferentes etapas do preparo da receita, enquanto explica cada uma delas, para o espectador. Além de falar sobre as etapas, enquanto cozinha Larissa também pode falar sobre outros assuntos ligados ao prato, como história/características de um determinado ingrediente, história da receita, conexão dela com a receita, etc.
ETAPAS DA RECEITA
-Peça ao seu açougueiro para cortar a carne em cubos médios de pelos menos 2 cm2 (ou dois dedos cada lado), ou corte em casa se preferir. Seque cada pedaço de carne com papel toalha, isso ajuda a dourar sem encharcar. Aqueça um frigideira com um fio de óleo e doure cada pedaço. Se o seu fogão não é super potente, o ideal é dourar em levas. Porque se colocar muitos, a panela esfriará e a carne vai soltar água e cozinhar em vez de selar. Reserve a carne.
-Em uma panela do tipo caçarola de fundo grosso comece o refogado com o bacon, a cebola picada e o alho amassado. Quando a cebola murchar dourar junte a carne e a cenoura. Refogue mais 2 min, coloque metade das mini cebolas e o bouquet garni. Junte o vinho, o caldo de carne mexa, tampe e deixe cozinhar em fogo baixo até que a carne fique macia.
-Enquanto isso, em uma panela a parte, derreta metade da manteiga, junte o restante das mini cebolas, o açúcar e cubra com água. Deixe ferver até que o líquido reduza pela metade e fique encorpado. Deixe mais uns 5 minutos para que as cebolinhas peguem cor. Pronto, agora você já sabe fazer cebolas glaçadas. Reserve. Vá para os cogumelos. Limpe-os e refogue-os no restante da manteiga derretida.
-Assim que a carne estiver macia, mas íntegra, desligue o fogo. Atenção. Se a carne cozinhar demais, ela vai desmanchar e não é o que queremos que aconteça. A ideia é que os pedaços estejam macios, mas inteiros. Retire o bouquet garni, junte as cebolas glaçadas e os cogumelos na manteiga e sirva.
-DICA: Tradicionalmente é servido com massas de fio longo (linguini, fettuccine, spaghetti) ou com purê (batata, cará ou mandioquinha). Mas também fica ótimo com o bom e velho arroz branco.
-Aqui eu vou servir com pirão de leite que nada mais é que leite engrossado com um pouco de nata e farinha fina de mandioca.
TÓPICOS PARA A FALA DA LARISSA
(A ordem é livre, pode ser alterada da forma como Larissa preferir. Os tópicos têm caráter de sugestão e suporte. Nem todos precisam necessariamente ser aproveitados na gravação)
-Conexão com o prato: onde ela provou pela primeira vez, como ela aprendeu a cozinhar boeuf bourguinon. Como criou a sua própria versão, que alterações decidiu fazer?
–A história do boeuf bourguinon. A receita surgiu na região de Borgonha, na França. É provável que sua origem more na necessidade das famílias de camponeses da região – criadoras de gado charolês – de amaciar a carne bovina num longo cozimento em vinho local. A ascensão à alta gastronomia veio pelas mãos do francês Auguste Escoffier, chef, restaurateur e escritor que popularizou e renovou os métodos tradicionais da culinária francesa.
-Como é sua relação com essas receitas mais clássicas da gastronomia. Da importância de desmistifica-las, dizer que grande parte delas tem uma origem em uma culinária popular, mas que era feita em outro país, como o bouef bourguinon, uma carne de panela francesa.
-Lembranças de viagem com o boeuf bourguinon, onde provou um inesquecível?
-Sobre Julia Child, explicar quem era ela e sua importância para a inserção da culinária na cultura pop. Fala também sobre Julie Powell e o filme “Julie e Julia”.
JANTAR/DESPEDIDA
-Larissa prova a receita pronta, se deliciando com o que fez. Despede-se dos espectadores, da forma que preferir.